Alckmin lança obra para captar água na Bacia do Ribeira

Água tratada será distribuída a sete municípios das zonas oeste e sul da Região Metropolitana de São Paulo, beneficiando diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas

PUBLICIDADE

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O governo paulista corre contra o tempo para aumentar a oferta de água à população da Região Metropolitana de São Paulo, que está sob o risco de racionamento. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) lança nesta quinta-feira, 10, em Vargem Grande Paulista, as obras do Sistema Produtor São Lourenço, que vai captar água na Bacia do Rio Ribeira de Iguape para abastecer a Grande São Paulo. O projeto prevê a construção de unidades de captação, bombeamento e sistema de adução para promover a reversão de águas do reservatório Cachoeira do Franca, no Rio Juquiá, no Vale do Ribeira, para a Bacia do Rio Tietê.

PUBLICIDADE

A tubulação de aço carbono com 2.100 mm de diâmetro e 50,3 km de extensão vai transpor um desnível de cerca de 300 metros da Serra de Paranapiacaba para levar a água até a estação de tratamento de Cotia. A água tratada será distribuída a sete municípios das zonas oeste e sul da Região Metropolitana de São Paulo, beneficiando diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas. A obra é uma Parceria-Público-Privada (PPP) e envolve um consórcio de empresas e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que tem como sócio principal o governo estadual.

O sistema vai ampliar em 4,7 mil litros por segundo a capacidade de abastecimento da Região Metropolitana, elevando o volume total para 77,7 mil litros por segundo. O investimento superior a R$ 2 bilhões será bancado pelo consórcio privado. As obras serão concluídas em 2018. É a primeira obra de porte do governo para captar água em bacia distante da Grande São Paulo. A capital não está incluída entre os municípios a serem atendidos. Estão na lista Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.