
27 de janeiro de 2014 | 12h13
SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 27, que a Polícia Militar abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que o estoquista Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, 22 anos, levou tiros de policiais durante abordagem no sábado, 25, em Higienópolis, na região central. O jovem foi baleado no peito e nas genitais e está internado em estado grave na Santa Casa de Misericórdia, também no centro da capital paulista.
"Quero transmitir à família da vítima toda a nossa solidariedade, todo apoio à Santa Casa, estamos torcendo para que ele seja salvo. E foi aberto um inquérito policial militar, para apurar as condições em que isso ocorreu e os procedimentos do policial", disse o tucano.
Imagens de uma câmera de segurança de um prédio da Rua Sabará mostram o momento em que Chaves caiu no chão, após conflito com três PMs. Os agentes disseram que ele portava um estilete e que teria tentado agredir um dos policiais, mas não é possível ver isso no vídeo.
Questionado se a resposta dos policiais não teria sido excessiva, Alckmin não respondeu. Ele disse ainda que não tinha visto o vídeo da câmera de segurança. "Eu vi as fotos no jornal, mas o dr. Grella, o secretário da Segurança Pública, está empenhado em esclarecer."
O governador disse ainda que as prisões são o "momento de maior estresse". Chaves teria começado a correr depois de uma abordagem policial perto da Rua da Consolação, onde houve manifestações contra a Copa do Mundo. O governador não respondeu se os três policiais envolvidos na ação foram afastados de seus postos de trabalho.
Na manhã desta segunda-feira, ele saiu do coma induzido.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.