Alckmin inicia retirada do volume morto do Cantareira

Governador não quis precisar até quando a reserva profunda do manancial será suficiente para abastecer 47% da Grande São Paulo

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Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acionou às 10h35 desta quinta-feira, 15, as sete bombas instaladas na Represa Jacarei, em Joanópolis, no interior paulista, que iniciaram a captação de água do chamado "volume morto" do  Sistema Cantareira, mas não quis precisar até quando a reserva profunda do manancial será suficiente para abastecer 47% da Grande São Paulo sem adoção de racionamento generalizado.

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"Nós passaremos o período da seca e chegaremos às próximas águas", resumiu Alckmin. "O governo não está esperando São Pedro. Nós estamos trabalhando 24 horas com todo empenho, engenharia técnica,  para garantir o abastecimento da população", disse Alckmin.

Conforme o Estado antecipou nesta quinta-feira, a água do volume morto começa a chegar nas torneiras de cerca de 7,3 milhões de pessoas que ainda são abastecidas pelo Cantareira a partir de domingo. "É uma água totalmente testada pela Cetesb, aprovada igual as demais águas", disse Alckmin.

Ao todo, serão retirados 182 bilhões de litros do fundo das represas em uma operação inédita da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que custou R$ 80 milhões. Dos reservatorios Jaguari-Jacareí, onde a captação começou nesta quinta-feira serão 105 bilhões de litros. Entre agosto e setembro, outros 77 bilhões serão retirados do volume morto da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista.

Segundo o governo, o uso da reserva por meio de bombas flutuantes vai elevar o nível útil do Cantareira em 18,2%. Nesta quinta, o índice do principal manancial paulista registrou nova queda, chegando a 8,2% da capacidade.

Multa. Alckmin disse também que a economia de água na Grande São Paulo chegou a 84% dos clientes da Sabesp no início deste mês. Quanto à multa de 30% para quem aumentar o consumo, o governador disse que a proposta ainda está em análise na Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), sem previsão para entrar em vigor. 

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