SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou ontem, a exemplo que havia ocorrido na véspera com a Oscar Freire, mais uma estação inacabada. O Metrô Moema da Linha 5 -Lilás, na zona sul da capital paulista, começou a funcionar sem as portas de plataforma, que servem de proteção para os passageiros.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que apenas as Estações Adolfo Pinheiro e Brooklin da linha têm o equipamento. “Estão incluídas no contrato com a Bombardier. Nós temos quase R$ 50 milhões de multas aplicadas e estamos cobrando todas as semanas a implementação delas. Se isso não ocorrer até o fim do ano, vamos ter de rescindir o contrato e fazer um novo.”
Com a inauguração da Estação Moema, a Linha 5 -Lilás chega a 11 estações em funcionamento. Outras quatro devem ser entregues ainda no primeiro semestre e a última, Campo Belo, no fim deste ano. “Provavelmente, teremos (portas de plataforma) na Chácara Klabin e na Santa Cruz. Depois que a linha entra em operação, fica mais difícil instalar, porque só se consegue trabalhar à noite.”
Em nota, a Bombardier informou que “todos os esforços necessários estão sendo aplicados”. “O processo administrativo relativo aos atrasos mencionados será respondido de acordo com o processo de Arbitragem de Disputas estabelecido no contrato com o Metrô.” O equipamento também não está disponível nas linhas mais antigas. De acordo com Pelissioni, a pasta está em contato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para buscar um financiamento.
Operação. Prevista para ser entregue em dezembro, a Estação Moema vai funcionar de segunda a sábado, das 10 às 15 horas. Também ontem foi assinada a concessão para que o consórcio Via Mobilidade administre a Linha 5 e o monotrilho da Linha 17-Ouro por 20 anos.