Alckmin diz que violência diminuiu nos últimos dias

Governador voltou a assumir que assassinatos de policiais militares ocorreram a mando do crime organizado

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Por Camila Brunelli - O Estado de S. Paulo
Atualização:

SÃO PAULO -  O governador Geraldo Alckmin disse na manhã desta quinta-feira, 8, durante evento na sede da Secretaria do Estado da Saúde, na Avenida Doutor Arnaldo, na zona oeste de São Paulo, que o momento violento pelo qual o Estado passa está  perto de acabar. "As mortes já estão em processo de queda. Eu tenho feito um acompanhamento diário, elas já estão caindo, estão acontecendo em um ritmo bem menor", respondeu sobre as mortes que continuam acontecendo na capital.

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"Eu não tenho duvida que esse momento que nós estamos vivendo vai passar. Vai passar com muito trabalho, com perseverança e com a polícia não recuando, com a polícia cumprindo seu papel de cumprir a lei e proteger a população", disse o governador.

Ao contrário do secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que afirmou que as mortes de policiais eram aleatórias, Alckmin assumiu que esses assassinatos são uma reação do crime organizado ligado ao tráfico de drogas. Ao todo, 92 policiais militares foram mortos no Estado neste ano. Escutas telefônicas feitas pela polícia flagaram líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenando a morte de agentes de segurança do Estado.

Agência. Na última terça-feira, 6, o governo de São Paulo e o governo Federal anunciaram a criação de uma agência que irá  integrar as polícias Federal, Militar e Civil, Rodoviária Federal (PRF) e Estadual, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Depem, órgão que administra as cadeias federais, Receita Federal, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Secretaria da Fazenda, polícia técnico científica e Ministério Público Estadual (MPE).

Dentre as ações de combate ao crime organizado estão o contenção por mar, terra e ar. A fiscalização dos acessos ao Estado, incluindo o porto de Santos, no litoral de São Paulo, e os aeroportos. Nas regiões identificadas como epidêmicas de crack serão instaladas base comunitárias móveis com videomonitoramento. Líderes do PCC e pessoas identificadas como executoras de policiais também estão sendo transferidos para presídios federais de segurança máxima.

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