Alckmin diz que vai recorrer para não readmitir metroviários

Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região havia determinado que 10 funcionários dispensados fossem reintegrados

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Por Ricardo Chapola
Atualização:
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin Foto: Edson Lopes Jr/Divulgação

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, 29, que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2) que determinou a readmissão de 10 dos 40 funcionários dispensados pelo Metrô após a greve que paralisou a maior parte do sistema no início de junho.

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Ontem, uma antecipação de tutela (espécie de liminar) foi anunciada. Nela, há a previsão de retorno dos funcionários ao trabalho em até cinco dias após a notificação da empresa. A decisão é do juiz do Trabalho Thiago Melosi Sória, da 34.ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2).

Os 40 dispensados pela empresa, controlada pelo governo do Estado, entraram conjuntamente com processos na Justiça para tentar voltar aos seus postos de trabalho. Todos alegam inocência dos supostos delitos imputados pela direção do Metrô, como quebra-quebra na Estação Ana Rosa, quando a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local para dispensar os manifestantes. A força policial fez uso de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. O caso dos demais ainda está sendo apreciado pela Justiça, em outros quatro processos.

Em diversas ocasiões, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia dito que não voltaria atrás da decisão de demitir os grevistas. O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, também foi enfático em suas declarações contra o reingresso dessas pessoas à empresa.

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