O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta terça-feira, 4, que a redução de 15% na projeção de investimentos para 2016, com a perspectiva de arrecadar R$ 10,5 bilhões a menos do que o previsto neste ano, é "agir de maneira absolutamente responsável" com as finanças do Estado. Alckmin garantiu que áreas como Educação, Segurança Pública e Saúde serão priorizadas.
"Esperamos que a economia melhore. Agora, precisamos ter absoluta responsabilidade fiscal. Não se pode gastar mais do que arrecada. Deus queira que a arrecadação melhore. Este ano, ela não foi boa".
De acordo com o governador, até setembro, a queda na arrecadação prevista já foi de R$ 1 bilhão. Alckmin mostrou um gráfico comparando o crescimento real das receitas e as despesas primárias do Brasil e de São Paulo.
"A crise começa em 2011 e 2012. Quando começa a cair a receita primária, o governo (federal) continua gastando como se nada houvesse. Esse desajuste fiscal foi uma das causas para os problemas que estamos enfrentando", explicou. "São Paulo também enfrentou a crise. Quando a receita começa a cair, a despesa cai junto. Déficit de zero. Isso é responsabilidade fiscal".
Alckmin destacou que três áreas prioritárias não sofrerão cortes em 2017: Saúde, (32,4%), Segurança Pública (aumento de 32,9%) e Educação (aumento de 10,4% nos investimentos).
"Esperamos que no ano que vem a economia reaja melhor. Reagindo melhor, excelente. Se não reagir, estamos dentro de todos os limites de uma boa responsabilidade fiscal", disse o governador.