
15 de março de 2011 | 00h00
Tudo conspirava contra Ferreira Pinto: a divulgação de um vídeo da revista de uma escrivã, despida por corregedores, levou ao afastamento da diretora da Corregedoria da Polícia Civil. Em pouco tempo, o episódio passou a ser usado como pretexto por desafetos do secretário. Diziam que ele se havia "incompatibilizado" com a polícia.
O descontentamento de delegados com os salários foi aproveitado por colegas investigados em escândalos de fraudes. Havia entre eles ex-integrantes da cúpula da Polícia Civil do período em que Marco Antônio Desgualdo foi delegado-geral (1999-2007). Durante as três últimas semanas, todos na polícia davam como certa a saída de Ferreira Pinto.
Foi quando surgiu o vídeo do encontro do secretário com um jornalista. Acusá-lo de divulgar informações para prejudicar o secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, seria a oportunidade que faltava para queimá-lo com o governador. Mas o tiro saiu pela culatra. O vídeo se tornou prova da espionagem. Com o escândalo, Alckmin percebeu que os adversários de Ferreira Pinto lhe criavam muito mais dor de cabeça do que o titular da Segurança. O governador determinou, então, a punição de todos envolvidos no caso.
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