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Alckmin confirma congelamento de passagem, mas até 1/3 dos usuários pode ter reajuste

Entre os possíveis afetados pelo reajuste estão os passageiros que fazem integração do metrô ou CPTM com o ônibus e os bilhetes especiais, como o diário, semanal e mensal, e o madrugador

Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse nesta sexta feira, 30, que o congelamento da tarifa de trem e metrô em R$ 3.80 em 2017 vai beneficiar mais de 50% dos passageiros, mas admitiu que até um terço dos usuários da rede deve sofrer algum tipo de reajuste no preço das passagens.

Entre os possíveis afetados pelo reajuste estão os passageiros que fazem integração do metrô ou da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com o ônibus, que hoje pagam R$ 5,92, e os bilhetes especiais, como o diário, semanal e mensal, e o madrugador, que não foram reajustados ao menos nos últimos dois anos.

Alckmin durante entrega de um novo trem da CPTM Foto: Fabio Leite|Estadão

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Pelissioni descartou mexer nas gratuidades para idosos com mais de 60 anos e estudantes de baixa renda "neste momento" e disse que os detalhes das alterações serão anunciados na tarde desta sexta-feira.

"Nós vamos manter a tarifa base de R$ 3,80. Ela beneficia mais da metade dos usuários do metrô. Nós temos o bilhete vendido nas bilheterias, o vale transporte , a meia do estudante, que vai continuar custando R$ 1,90 e a integração com o bilhete BOM. Isso tudo vai continuar R$ 3,80. Na CPTM, são mais usuários ainda: 62% dos usuários estão sujeitos à tarifa de R$ 3.80", disse Pelissioni.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quis dar detalhes sobre as medidas, alegando que elas ainda estavam sendo analisadas. Em evento de entrega de um novo trem para a Linha 7 Rubi (Luz-Francisco Morato) da CPTM, o tucano disse apenas que o objetivo do congelamento era beneficiar o maior número de pessoas sem afetar a saúde financeira da CPTM e do Metrô, que sofrem com queda do número de passageiros e de receita.

"Tudo está sendo analisado. Como é que a gente beneficia mais pessoas, quem não precisa, evita de dar um reajuste em um momento de dificuldade, desemprego alto e queda de salário, e ao mesmo tempo mantém a rigidez e a saúde financeira das empresas", disse Alckmin.

Congelamento. A análise sobre a viabilidade econômica e a forma de implementação do congelamento das tarifas estava em fase de conclusão por técnicos da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos foi antecipada pelo Estado nesta quinta-feira, 29. 

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Historicamente, o reajuste nas tarifas é feito de forma conjunta por Estado e Prefeitura no início do ano. O último congelamento de ônibus ocorreu em 2012, quando o valor permaneceu em R$ 3,00 e se equiparou ao preço do metrô e do trem, reajustados na ocasião. Em 2013, Estado e Prefeitura reajustaram para R$ 3,20, mas se viram obrigados a revogar a medida após os protestos de junho daquele ano. Em 2015, houve aumento de R$ 0,50 e, em janeiro deste ano, para os atuais R$ 3,80. 

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