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Alckmin cobra do governo federal fiscalização de dinamite

Para o governador, reivindicação é necessária para conter onda de ataques a caixas eletrônicos; somente em 2015, foram ao menos 42

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

MARÍLIA - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) cobrou nesta terça-feira, 10, do governo federal maior controle sobre a dinamite para conter a onda de ataques a caixas bancários eletrônicos em São Paulo. Só neste ano foram registrados pelo menos 42 ataques com explosivos no Estado, média de um caso por dia. 

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"O que precisamos no País inteiro, por parte do governo federal, é aumentar a segurança no uso de explosivos. Quem autoriza o uso é o Exército e é preciso fazer um controle maior da liberação de dinamite", afirmou.

Após lembrar que a fiscalização não é do Estado, mas da federação, o governador disse que os explosivos são conseguidos de forma muito fácil pelos criminosos. "Como estão conseguindo com tanta facilidade o explosivo?", perguntou.

Alckmin lembrou que a fiscalização do uso de explosivos cabe ao governo federal Foto: Dida Sampaio/Estadão

Alckmin cobrou também da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) o uso de tecnologia para enfrentar a ação dos bandidos. "Tem de haver o sistema de manchar as notas nos caixas. Isso acaba com o estouro de caixa eletrônico, porque o ladrão não pode usar a nota, mas isso não está sendo feito."

No que toca ao Estado, segundo ele, a polícia está preparada para enfrentar esse crime. "Esta noite foi presa uma quadrilha, aliás, antes de estourar o caixa eletrônico. Agora vamos saber como eles conseguem a dinamite, quem está fornecendo e quem são os outros membros da quadrilha." 

O governador esteve em Marília, no centro-oeste do Estado, para inaugurar uma central da Polícia Judiciária e entregar 45 viaturas policiais - entre elas veículos de luxo, como a Mitsubishi Pajero.

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Acompanhado pelo secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, ele disse que a polícia paulista está bem equipada e o índice de criminalidade está caindo. "O Brasil tem 30 homicídios para mil habitantes, enquanto São Paulo tem 10 homicídios a cada grupo de mil."

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