
15 de janeiro de 2011 | 00h00
Ontem, enfermeiras ainda tiravam lama das macas. O hospital tem 78 leitos e 25 estavam ocupados. O deslizamento também destruiu uma capela e parte da lavanderia. Os pacientes foram transferidos para o hospital municipal, onde o atendimento já ocorria de maneira precária. Os enfermeiros e médicos da unidade particular também foram levados para ajudar no atendimento.
A enxurrada foi tão forte que um cilindro de oxigênio atravessou a estrada que fica na frente do hospital e foi parar em uma ribanceira. Até o fim da manhã de ontem, bombeiros não haviam chegado para resgatar o corpo de Corrêa, soterrado sob uma montanha de pedras e lama. "Ninguém fez nada até agora para tirá-lo de lá. Estamos tentando pedir apoio, mas entendemos que a cidade está arrasada", disse o tio de Corrêa, o comerciante José Carlos Charret. "Tem muita coisa em cima dele. Gritamos a noite inteira e ele não respondeu, mas a gente acredita em Deus."
O diretor médico do São Lucas, Jesuíno Cunha, também disse que dependia dos bombeiros para reabrir o hospital, que funcionava havia 28 anos naquele endereço.
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