
10 de novembro de 2010 | 00h00
Em setembro, no Pará, o CNJ vistoriava os presídios estaduais. E o cenário encontrado foi semelhante. Com uma simbólica diferença: a falta de água. Na delegacia de polícia de Marituba, na região metropolitana de Belém, a superlotação e o calor dentro das celas obrigavam os policiais a deixarem abertas, durante todo o dia, duas torneiras. Uma das fontes de água deixava o chão constantemente molhado. Como não tinham colchões, os presos dormiam sobre as poças. A outra torneira fazia a água escorrer pela parede. Essa água, por sinal, era a única fonte de consumo dos presos. Seja por falta de água, seja por superlotação ou por falta de condições dignas, o sistema carcerário brasileiro favorece as rebeliões. E apesar das tentativas, dizem os juízes do CNJ, não há perspectiva de melhora.
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