
25 de março de 2010 | 00h00
Testemunhei a agressão sofrida pelo criminalista Roberto Podval ontem e fiquei horrorizado. O povo parece gostar de vingança, um dos instintos mais naturais do ser humano, e, quando o advogado cumpre seu papel na defesa dos réus, infelizmente é incompreendido. O povo vê nele o demônio. Não creio, entretanto, que esse fato lamentável contamine os jurados e se transforme em causa de nulidade do julgamento do casal, pois o júri não tomou conhecimento do fato porque está isolado. Trata-se de um incidente externo ao plenário, que pode, porém, desestabilizar a defesa, afetando o desempenho de Podval.
Dentro do tribunal, o depoimento da perita criminal Rosângela Monteiro fez a balança pender para a acusação. Quanto mais sólidas eram suas explicações, menores ficavam as possíveis falhas técnicas que a defesa procurava explorar.
LUIZ FLÁVIO GOMES É JUIZ APOSENTADO E PROFESSOR DE DIREITO PENAL
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