Agressão a cavalo em rodeio no interior de SP causa revolta em redes sociais

Imagens mostram rapaz de chapéu dando tapas, chicotadas e chutes no cavalo, montado pelo peão, para obrigar o animal a entrar no picadeiro

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Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – Um funcionário da organização do rodeio Abril Fest, que aconteceu em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo, foi filmado agredindo e chutando um cavalo. A agressão aconteceu na última segunda-feira, 23, terceiro dia do evento.

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O vídeo foi postado em redes sociais e já somava mais de cem mil visualizações na tarde desta quinta-feira, 26. As imagens, registradas por uma jovem que assistia ao rodeio, mostram um rapaz de chapéu dando tapas, chicotadas e chutes no cavalo, montado pelo peão, para obrigar o animal a entrar no picadeiro.

As agressões só param quando o cavalo deixa a baia e entra aos saltos na pista. "Animais são esses 'seres humanos' que se dizem racionais e agridem um ser inofensivo e que ainda serve aos homens, como o cavalo", postou um internauta. "Isso repercutiu porque foi filmado, mas nos bastidores, quantos não são maltratados como este aí", afirma outro.

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Em nota, a Comissão de Proteção Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Sorocaba, repudiou a prática de rodeios e demais atividades que se utilizam da exploração e sofrimento animal como diversão e esporte. A comissão informou ainda que vai pedir a apuração dos maus tratos contra o animal ao Ministério Público Estadual. 

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A Prefeitura de Araçoiaba da Serra informou que, ao tomar conhecimento do vídeo, oficiou ao Escritório de Defesa Agropecuária, responsável pela fiscalização das competições realizadas com animais. "A Prefeitura oficiou aos organizadores do evento para que todas a providências sejam tomadas e que prestem esclarecimentos", diz a nota.

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A empresa Luz Estruturas e Iluminação, responsável pelo Abril Fest, informou ter contratado uma terceirizada para organizar os rodeios com 15 cavalos e 20 touros e que, em função do acontecido, rescindiu o contrato.

Outra empresa foi contratada para dar sequência ao evento. O agressor foi identificado e proibido de entrar no recinto. A Abril Fest informa que "não é conivente com o mau comportamento do agressor" e vai representar contra a terceirizada em razão dos maus tratos.

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