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Agências oferecem tour por onde o Brasil lutou

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Por Redação
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Visitar as cidades italianas por onde passaram as tropas brasileiras durante a 2.ª Guerra Mundial não é tarefa fácil. A maioria é formada por pequenos povoados, com acesso rodoviário difícil e ruas tão estreitas que mal comportam um ônibus turístico. Algumas agências, porém, oferecem o passeio para quem tiver interesse - mas com tudo feito sempre sob medida. A agência Windows Travel Experience, por exemplo, faz tours guiados pelo historiador Virgínio Mantesso Neto, especialista na história da Itália. "A participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) se deu principalmente na Linha Gótica e, em menor escala, na planície do Rio Pó, ao norte desta, sempre a oeste de Bolonha", explica. Segundo ele, as batalhas e, principalmente, as vitórias mais importantes se deram em zonas montanhosas, ligadas por estradas locais. "A memória da presença da FEB está nessas vilas, que tem poucos habitantes."Virgínio afirma que é comum encontrar nesses locais pequenas praças e monumentos relembrando a presença da FEB. Há também datas festivas, que comemoram a liberação das cidades dos alemães, feita pelos brasileiros. "Por isso, é interessante levar em conta no roteiro a data da viagem, para coincidir com essas festividades. Também é bom planejar com antecedência, para poder combinar as visitas com os pequenos museus ou coleções particulares de objetos relacionadas à FEB", explica. No Brasil há quem queira que locais que abrigaram militares brasileiros e americanos em Natal durante a Guerra sejam transformados em pontos turísticos.Um protótipo de roteiro foi criado pela turismóloga Débora Dias. O tour começaria com a visita ao prédio da Rampa, base de hidroaviões que abrigou a primeira esquadrilha de patrulhamento marítimo. O trajeto seguiria para o bairro da Ribeira, que hospedou os militares durante o período, e terminaria nas Bases Aéreas Leste e Oeste. Apresentado a agências, o roteiro ainda não está disponível. "As pessoas só querem saber de praia em Natal", lamenta Fred Nicolau, diretor da Fundação Rampa.

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