Agência autoriza reajuste de 5,4% na conta de água da Sabesp

Aumento publicado pela Arsesp no 'Diário Oficial' do Estado desta sexta-feira, 18, pode ser aplicado a partir de maio. Companhia ainda avalia quando aplicará reajuste

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Por Fabio Leite
Atualização:

Atualizada às 15h08

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SÃO PAULO - Em meio à crise hídrica que afeta o abastecimento na Grande São Paulo, a conta de água pode ficar 5,4% mais cara. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) autorizou nesta sexta-feira, 18, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a reajustar a tarifa a partir do dia 11 de maio. 

A empresa, contudo, ainda avalia quando aplicará o aumento, que pode ocorrer até dezembro. A Sabesp tem hoje 7,7 milhões de ligações de água que atendem a 27,9 milhões de pessoas em 364 municípios do Estado. A autorização da Arsesp foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial do Estado. No início da negociação da revisão tarifária, a Sabesp queria aplicar reajuste de 13%. Em 2013, o aumento acumulado foi de 5,57%.

Na prática, a tarifa mínima para um imóvel residencial que consome entre 0 e 10 metros cúbicos por mês sobre de R$ 16,82 para R$ 17,74. Para o consumo entre 11 e 20 metros cúbicos, a cobrança sobre de R$ 2,63/m³ para R$ 2,77/m³. No comércio, a fatura do consumo mínimo vai para R$ 35,62. Hoje, o valor é de R$ 33,78.

Por causa da crise de estiagem do Sistema Cantareira, que abastece 47% da Grande São Paulo, e das medidas de incentivo econômico para redução do consumo, a Arsesp permitiu que a Sabesp "possa possa aplicar em data futura mais oportuna o índice de reposicionamento decorrente da revisão tarifária".

"A Arsesp concede assim à concessionária, que vivencia difíceis problemas conjunturais em razão de força maior, a flexibilidade para que, em uma situação de grave escassez hídrica, possa ajustar seus preços e práticas de mercado que visam preservar o abastecimento de água à população", afirma a agência em nota.

Nesta sexta-feira, o nível do Cantareira se manteve estável, em 12,2% da capacidade. Após o plano de desconto para quem reduzir o consumo, que deve dar prejuízo de R$ 800 milhões à Sabesp, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) deve cobrar multa de 30% para quem aumentar o gasto de água em 20%.

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