15 de janeiro de 2011 | 00h00
Ontem de manhã, seis voos ficaram comprometidos pela medida. Os passageiros seguiram de ônibus para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que também serviu de ponte aérea para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. À tarde, a situação foi normalizada.
Rubens Carlos Vieira, da Anac, informou por meio de um ofício que o órgão expediu um Notam (Notice to Airmen) informando aos aeronavegantes que "a pista do Aeroporto Leite Lopes passará por obras de desemborrachamento a partir da próxima terça-feira, no período das 2h30 às 6h30, e até a conclusão da referida obra é necessário cautela nas operações, devido ao pavimento tornar-se escorregadio quando molhado".
Segundo Valdecir Jorge Ferreira, agente aeroportuário do Daesp em Ribeirão Preto, "as condições da pista são boas e só ficarão comprometidas se a água atingir índice superior a 3 milímetros ou mais em 25% de sua extensão, como prevê instrução de aviação civil". "Em reunião com representantes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária (Infraero), decidiu-se que abaixo desses índices estaremos operando normalmente", disse.
Transtorno. O empresário Maurílio Biagi Filho, de 65 anos, é um dos usuários do aeroporto de Ribeirão Preto que estão indignados com a falta de manutenção no local. "O Brasil tem essa cultura de não investir em prevenção. Até o mato do aeroporto está alto. Se houvesse alguma manutenção, hoje as pistas não seriam fechadas quando chove."
Biagi Filho viaja a São Paulo pelo menos uma vez por semana a negócios. Hoje ele deve embarcar para os Estados Unidos de férias com a família. Até ontem, não tinha certeza de qual aeroporto decolaria. "Talvez de Franca. Talvez de Araraquara." / COLABOROU VALERIA FRANÇA
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.