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Advogado pede soltura de atropelador de ciclista

O universitário Alex Kozloff Siweko, de 21 anos, atropelou David Santos Souza, de 21 anos, na manhã de domingo, na Avenida Paulista; a vítima perdeu um dos braços

Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - O advogado Cássio Paoletti, defensor do universitário Alex Kozloff Siwek, de 21 anos, que atropelou o ciclista David Santos Souza, de 21 anos, na manhã de domingo, 10, na Avenida Paulista, vai pedir à Justiça a liberação de seu cliente no início da tarde desta segunda-feira, 11. O braço de Souza foi arrancado com o impacto. Siwek fugiu sem prestar socorro e atirou o membro decepado no Córrego do Ipiranga, na zona sul da capital.

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A liberdade provisória pode ser concedida ainda nesta segunda-feira, afirmou Paoletti, que disse que, nesse tipo de ocorrência, a liberação do autor do crime "normalmente ocorre". "Vai depender da interpretação do juiz. Eu vou fazer o pedido hoje, não sei se o juiz se manifesta hoje", declarou o advogado.

Siwek se entregou no próprio domingo no 3.º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo. Policiais e bombeiros refizeram o seu trajeto, mas não conseguiram encontrar o braço. Médicos do Hospital das Clínicas, onde a vítima está internada, declararam que o membro poderia ter sido reimplantado caso tivesse sido encontrado a tempo. O universitário seguia preso na manhã desta segunda-feira no 2.º Distrito Policial (Bom Retiro), no centro.

Questionado se o estudante estava embriagado no momento do acidente, Paoletti disse não saber. "Não chegou ao nosso conhecimento nenhum laudo ou manifestação clínica ou laboratorial que pudesse indicar isso. Nem sei se a autoridade policial pediu. Até agora não sei nada a respeito."

Mas, em seguida, o defensor disse que o jovem "não parecia estar embriagado, só muito chocado".

Ainda sobre o acidente, o advogado explicou por que pedirá a soltura do motorista: "É uma pessoa que tem ocupação lícita, é estudante, tem residência fixa, não tem nada em seu passado que o desabone, então, ele merece, tem o direito de ver-se processar em liberdade. Quando a gente vê a pessoa, conversa com a pessoa, a gente deixa de ser tão duro, tão inflexível, ao julgar o caso."

Estudante de Psicologia, Siwec foi indiciado pela polícia por homicídio doloso, omissão de socorro, fuga de local de crime e por crime de trânsito.

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