
20 de junho de 2019 | 11h30
Atualizado 20 de junho de 2019 | 20h27
SÃO PAULO - Um advogado foi morto a tiros na noite desta quarta-feira, 19, em um posto de combustível na Avenida Washington Luís em Santo Amaro, na zona sul paulistana. Francisco Assis Henrique Neto Rocha, de 57 anos, chegou a ser socorrido, mas chegou morto ao hospital. A Polícia Civil investiga o homicídio.
Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 21 horas. Testemunhas informaram que um veículo Citroën C3 Picasso se aproximou da vítima e disparos foram efetuados. O advogado teria sido abordado pelos criminosos após sair da temakeria Mestre Maki, localizada dentro do posto de gasolina.
Testemunhas disseram que Rocha morava na região e costumava frequentar o local. “Ouvi dois tiros e, depois, deram mais três. Começou a chegar ambulância, polícia, mas não tinha o que fazer. Todo mundo queria olhar”, disse uma das testemunhas, que não quis se identificar. “Nunca tinha visto nada assim. É bem raro acontecer esse tipo de coisa por aqui.”
A Polícia Militar foi acionada e, quando os agentes chegaram, Rocha estava sendo atendido por uma unidade de resgate. Ele chegou a ser levado para a Santa Casa de Santo Amaro.
O veículo usado no assassinato foi achado na Avenida Sargento Lourival Alves de Souza e estava parcialmente queimado, conforme a polícia. O caso foi registrado como homicídio simples no 11.º DP (Santo Amaro).
A polícia apreendeu uma pistola .40, que foi jogada pelo bandido em um terreno próximo ao local onde estava o veículo.
Nesta quarta à tarde, o posto funcionou normalmente. Os funcionários que estavam no local informaram que já tinham encerrado o expediente quando o crime aconteceu.
Segundo o sistema de registros de processos do Tribunal de Justiça de São Paulo, a atuação de Rocha era mais frequente na área civil, particularmente em processos de herança.
Em um dos casos criminais em que atuou, Rocha foi um dos advogados de Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos, prefeito de Embu das Artes, na região metropolitana. Santos já foi alvo de operações da Polícia Federal e do Ministério Público e chegou a ser acusado de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) – o que o político sempre negou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.