25 de julho de 2008 | 13h39
Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira, 25, durante uma operação do Ministério Público de São Paulo. Entre os presos estão duas advogadas, acusadas de repassarem recados de criminosos presos e movimentar dinheiro do crime, segundo reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo. A Operação Primadona, segundo o Ministério Público de São Paulo, foi desenvolvida pelos núcleos regionais do Grupo de Atuação Especial de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, Vale do Paraíba e Presidente Prudente. As prisões, com autorização da Justiça, foram efetuadas pela polícia. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em residências e escritórios, além de seis mandados de prisão na Capital e em várias cidades do Vale do Paraíba e da região de Presidente Prudente. O foco são pessoas que contribuem para a ação de organização criminosa que age dentro dos presídios. O nome da operação, batizada de Primadonna, se deve ao fato de cinco dos mandados de prisão terem sido expedidos contra mulheres. Hotéis, casas e uma favela foram cercadas logo cedo em três regiões do estado. As primeiras foram presas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, segundo o jornal. Uma das suspeitas, de acordo com a reportagem, é mulher de um preso responsável pela contratação de advogados que trabalham para a quadrilha que age de dentro das prisões paulistas. Outra das detidas é cunhada do mesmo presidiário. O único homem preso é suspeito de comandar o tráfico de drogas na Zona Sul de São Paulo. A investigação aponta que as advogadas, além de defender os bandidos, prestavam outros serviços para a facção criminosa. O escritório de uma das advogadas, que funciona no Centro de São Paulo é apontado como centro de administração jurídica e financeira da quadrilha. Segundo os promotores, o escritório acompanha processos de presos perigosos e a movimentação de contas bancárias que, agora, vão ser investigadas. Policiais e promotores também vasculharam o escritório. Como o alvo era uma advogada, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil acompanhou a operação. Depois de 1h30, os agentes saíram com três computadores, pastas com prontuários de criminosos e documentos sigilosos que podem comprovar a movimentação do dinheiro do crime. De acordo com o MP, outra operação está ocorrendo simultaneamente no Estado. A outra operação, batizada de Terra Rasgada, acontece na região de Sorocaba. O objetivo é constatar a venda de combustível adulterado. Onze postos estão sendo inspecionados pela força-tarefa composta pelos Gaecos de Sorocaba e Campinas, com o auxílio de um laboratório móvel, de peritos do Caex do MP e de agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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