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Adolescentes de SP matam taxista no Rio

Jovens de 17 anos iam da rodoviária para Cidade de Deus e alegam legítima defesa; polícia suspeita de tentativa de assalto

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Por Redação
Atualização:

Um casal de adolescentes de São Paulo foi apreendido em flagrante no Rio, na noite de anteontem, acusado de matar um taxista na Linha Amarela, sentido Barra da Tijuca, na zona oeste. Segundo a Polícia Militar, os dois, de 17 anos, foram detidos ainda no táxi e confessaram ter matado o motorista, Ercule Castro Silveira, de 58 anos. Com os suspeitos foram encontradas duas cápsulas de cocaína.Segundo a polícia, a vítima morreu por espancamento, mas também havia sinais de que ele foi asfixiado com a alça da bolsa da adolescente. O corpo do taxista tinha marcas de mordidas e espancamento e foi encontrado no banco traseiro do carro, ao lado dos estudantes, que estavam com as roupas sujas de sangue. Os adolescentes pegaram o táxi na rodoviária do Rio, no centro, e se dirigiam à favela da Cidade de Deus, na zona oeste, onde ficariam na casa de amigos. No trajeto, segundo o depoimento dos jovens, o garoto teria pedido ao motorista que encostasse para que ele pudesse urinar.Segundo a versão do adolescente, o taxista tentou abusar sexualmente da amiga, o que teria motivado as agressões. Ele alegou ter agido em legítima defesa e confirmou que os dois participaram do espancamento que causou a morte do taxista.Os policiais da Delegacia de Homicídios descartam a versão apresentada em depoimento. Silveira trabalhava na cooperativa de táxi havia 23 anos e não tinha registros de ocorrências em seu nome. Ele deixou uma mulher e um filho. Por volta das 20h de anteontem, seguranças da concessionária que administra a via expressa desconfiaram do veículo parado e acionaram o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais. Os suspeitos foram levados para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, no centro. Os investigadores acreditam que os jovens planejavam um assalto ao taxista, pois o carro estava revirado no momento em que os dois foram abordados. A polícia aguarda a liberação dos dados do GPS do veículo para confirmar informações sobre o trajeto proposto. / A.P.

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