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Adesão ao bônus por economia de água sobe para 78% em SP

De acordo com levantamento da Sabesp, na prévia deste mês, 52% dos clientes conseguiram reduzir o consumo em pelo menos 20% 

Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - Depois do aumento do consumo de água por 26% dos clientes da Grande São Paulo, durante a Copa do Mundo, o índice mais alto desde o lançamento do programa de bônus, em fevereiro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou nesta terça-feira, 19, que o número de consumidores que economizaram água voltou a subir neste mês.

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Segundo a apresentação feita por dirigentes da companhia a investidores e analistas, a adesão ao programa subiu para 78% dos consumidores, no balanço parcial finalizado no dia 11 de agosto. Na medição feita entre os dias 15 de junho e 15 de julho, período que coincidiu com o torneio mundial realizado em São Paulo, a adesão havia sido de 74%.

De acordo com o levantamento, na prévia deste mês, 52% dos clientes conseguiram reduzir o consumo em pelo menos 20% e conseguiram o desconto de 30% na conta. Outros 26% gastaram menos água do que a média de consumo de 12 meses, mas não atingiram a meta. E 22%, apesar da crise de estiagem que atinge os Sistemas Cantareira e Alto Tietê, ainda consumiram mais água.

Segundo Rui Affonso, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da Sabesp, além do efeito Copa, os meses de junho e julho registraram temperaturas acima da média, o que faz com que as pessoas consumam mais água. “Passada a Copa, e com a retomada das temperaturas mais brandas, o consumo voltou a cair”, afirmou.

Conforme o Estado antecipou na semana passada, o programa de bônus da Sabesp teve forte impacto nas receitas da companhia. Segundo o balanço financeiro do segundo trimestre, a estatal deixou de arrecadar R$ 98,9 milhões desde março, quando os descontos começaram a ser dados para os clientes do Sistema Cantareira que atingiram a meta do programa. Os dados foram finalizados em junho. Segundo a Sabesp, o programa deve permanecer até o fim deste ano ou até a recuperação do nível das represas do manancial. A própria companhia admite que esse processo pode levar mais de três anos.

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