31 de agosto de 2013 | 02h13
Dois acusados pela morte do menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, assassinado durante um assalto na zona leste de São Paulo, foram encontrados mortos às 14h30 de ontem. Paulo Ricardo Martins, de 18 anos, e Felipe dos Santos Lima, de 19, cumpriam prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, na Grande São Paulo. O caso foi registrado inicialmente como "morte suspeita".
Martins e Lima foram denunciados pelo Ministério Público no dia 27, cerca de dois meses depois do assassinato do boliviano. Na ocasião, a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois. Um terceiro envolvido, menor de idade, está apreendido na Fundação Casa.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o caso foi comunicado à Vara de Execução Criminal, à Polícia Civil e à perícia técnica. Segundo o órgão, será instaurado o chamado procedimento apuratório preliminar, para apontar a causa das mortes. Além disso, o caso também seguirá para a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário.
Crime. Brayan foi morto durante um assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos, na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo. A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, contou que o filho chorou na frente dos criminosos e pediu para "não morrer", mas levou um tiro na cabeça.
Quando o crime aconteceu, a família estava havia seis meses no Brasil. Os pais de Brayan, que trabalhavam em uma oficina de costura, voltaram para a Bolívia após a morte do filho. A comunidade boliviana em São Paulo se mobilizou para ajudá-los no retorno.
Segundo a polícia, Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, é o suspeito de dar o tiro que matou o garoto boliviano. Ele e mais um colega, Wesley Pedroso, de 18 anos, estão foragidos.
Campos estava preso, mas fugiu em maio do Centro de Detenção Provisória de Franco da Rocha, onde cumpria pena por roubo. Ele saiu da prisão no indulto de Dia das Mães.
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