
02 de março de 2012 | 00h22
SÃO PAULO - Tiago Tadeu Faria, de 29 anos, preso por rasgar as notas do carnaval 2012, no Sambódromo de Anhembi, na zona norte de São Paulo, negou, em entrevista para o Jornal da Globo, que tenha sido "designado para cumprir uma missão de destruir a apuração do carnaval".
Ele afirmou que foi movido por "indignação mesmo, e aquela troca de jurados ocorrida um dia antes". A Polícia Civil trabalha com hipótese de premeditação nos atos de vandalismo que tumultuaram a apuração.
O delegado da Delegacia de Turismo (Deatur), Osvaldo Nico Gonçalves, que comanda as investigações, considera que Tiago tinha uma missão.
Tiago disse ainda que comprou, em frente ao sambódromo, a pulseira de acesso à área restrita aos diretores das escolas.
Tumulto. O carnaval paulistano assistiu, no dia 21 de fevereiro deste ano, a um dos episódios mais vergonhosos de sua história, com a apuração dos votos interrompida no último quesito por causa de uma invasão generalizada de membros da Império de Casa Verde, Vai-Vai, Camisa Verde e Branco e Gaviões da Fiel.
Votos dos jurados foram rasgados e jogados para o alto, dando início a uma confusão que incluiu brigas, incêndio em carros alegóricos que estavam no estacionamento do Anhembi, invasão de pista da Marginal do Tietê e inúmeras cenas de vandalismo. Dez foram presos, entre eles Tiago, que acabou solto após pagar fiança de R$ 12,5 mil.
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