GUARUJÁ - A juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal de Guarujá, determinou a prisão temporária do dono da churrascaria Casa Grande, José Adão, acusado de matar o estudante Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, na véspera do Réveillon, por uma discordância no valor da conta do restaurante. O acusado chegou à delegacia por volta das 16h45, acompanhado de um sobrinho. Seu advogado chegou em seguida.Mário, que morava em Campinas e estava acompanhado da namorada e de mais dois amigos, não concordou em pagar R$ 19,99 pela refeição, uma vez que anúncio na porta do estabelecimento informava outro valor: R$ 12,99. No meio de uma discussão, o proprietário da churrascaria acabou desferindo três golpes de faca nas costas do estudante, que não resistiu aos ferimentos.Para a juíza da 1ª Vara, o comerciante ocultou imagens do sistema de câmeras, dificultando a apuração dos fatos. Logo após o crime, os investigadores da delegacia-sede de Guarujá recolheram o computador do lugar, com o objetivo de avaliar as imagens. No entender da magistrada, o fato poderia continuar a ocorrer, com José Adão em liberdade. Em seu primeiro depoimento à Polícia, José Adão alegou que, por falta de manutenção, o sistema de monitoramento não estava funcionando. No dia seguinte, o dono da empresa que instalou as câmeras desmentiu José Adão, confirmando que elas estavam funcionando, mesmo sem a manutenção.José Adão confessou a autoria do crime, alegando que saiu em defesa do filho, Diego Souza Passos, gerente do estabelecimento, que também está envolvido no caso.