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Acidentes matam 20 no PR e em MG

No interior paranaense, colisão entre micro-ônibus e caminhão-tanque deixou 11 vítimas; no norte mineiro, van capotou e 9 morreram

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Por Redação
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Dois acidentes, um no Paraná e outro em Minas Gerais, deixaram 20 mortos na noite de anteontem. No interior paranaense, uma colisão entre um micro-ônibus e um caminhão-tanque matou 11 trabalhadores de uma refinaria. No norte mineiro, uma van capotou com 20 pessoas que iam fazer uma apresentação artística em uma festa folclórica e nove morreram.O acidente no Paraná foi no km 334 da rodovia BR-277, em uma região conhecida como Rio das Pedras, em Guarapuava. Os mortos eram trabalhadores de uma empresa terceirizada da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e voltavam de uma excursão para Foz do Iguaçu e ao Paraguai. O motorista da carreta foi levado para o Hospital São Vicente, na região, em estado grave. Outros 14 feridos foram para o Hospital Santa Tereza.Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a causa do acidente foi a roda de um caminhão que se soltou. O micro-ônibus que vinha atrás, com 25 passageiros, desviou, foi para a pista contrária e bateu de frente com o caminhão-tanque. Em seguida, caiu em uma ribanceira e pegou fogo.À Rádio Banda B, uma das sobreviventes, Adriana Martins, cujo marido está internado, disse ter "nascido de novo". Minas Gerais. Na tarde de ontem, foram sepultadas as nove vítimas de um acidente em Catuti, no norte de Minas, também na noite de sábado. Elas e outras 11 pessoas - a maioria integrante de uma comunidade quilombola - viajavam para Montes Claros, onde fariam uma apresentação artística em uma festa folclórica, quando a van em que estavam capotou na BR-122. Três passageiros estão internados no Hospital Regional de Janaúba, mas não correm risco de morrer. Segundo o Corpo de Bombeiros, a roda dianteira se soltou do veículo. A Sprinter transportava quatro pessoas acima da capacidade máxima de 16 ocupantes. A perícia sobre as causas do acidente será concluída em até 30 dias. "Só vi o primeiro capotamento, porque depois caí e fiquei preso, com a perna quebrada", conta o lavrador Fabiano de Jesus, de 23 anos. "Ele (motorista) não estava devagar. Estava a uns 130, 140 (km/h)." O lavrador perdeu mãe, padrasto e sogro no acidente, que lhe custou ainda uma greve fratura no fêmur esquerdo. "É muito sofrimento no corpo e no coração perder tantas pessoas que a gente ama sem poder fazer nada. Eu estava na segunda bancada. Os que estavam para trás morreram", contou. Segundo Fabiano, só o motorista usava cinto de segurança, mas ele também morreu. "Teve gente que foi jogada para fora, e o resto ficou desesperado, caído no chão." Seis das nove vítimas foram enterradas em Barreiro Branco, distrito de pouco mais de mil habitantes no qual está a comunidade quilombola. O motorista Sinvaldo Fagundes, de 47 anos, foi sepultado em Catuti, em cerimônia que reuniu mais de mil pessoas, segundo o secretário de Esportes, Glaisson Costa. "Eram pessoas de referência na comunidade." Ontem, o prefeito de Catuti, Hélio Pinheiro decretou luto de três dias. A nona vítima foi enterrada em Monte Azul. / JULIO CESAR LIMA E CRISTIANO MARTINS, ESPECIAL PARA O ESTADO

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