PUBLICIDADE

A pedido de Mantega, tarifa do Metrô de SP deve subir somente a partir de abril

Ministro da Fazenda ligou para Alckmin e pediu que reajuste fosse adiado com o objetivo de reduzir impacto na inflação

Por Caio do Valle e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 17, que a tarifa do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) pode não ser reajustada neste trimestre. Com isso, o aumento só deve ocorrer a partir de abril. Historicamente, o preço desses meios de transporte cresce no mês de fevereiro.

PUBLICIDADE

Segundo Alckmin, o pedido para que o custo do bilhete não subisse tão rápido foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria ligado para o governador. A intenção do governo federal é reduzir os impactos de elevação das tarifas na inflação.

"Vamos avaliar a hipótese de não fazê-lo (o reajuste) no primeiro trimestre, para ajudar a segurar a inflação. Não tem ainda uma decisão tomada, mas vamos levar em consideração esse apelo do Ministério da Fazenda e vamos verificar para quando nós vamos transferir (a data)", disse Alckmin.

A última elevação do preço do Metrô e da CPTM foi em 12 de fevereiro do ano passado, quando a viagem, que até então valia R$ 2,90, passou a custar R$ 3. Em 2011, o reajuste ocorreu no dia 13 de fevereiro. Mas, agora, Alckmin afirma que vai "fazer o possível" para não promover o aumento antes de abril.

Na cidade de São Paulo, o preço do ônibus - que hoje custa R$ 3 - sobe em 1.º de junho, conforme adiantou o Estado nesta semana. O último reajuste na cidade foi em 5 de janeiro de 2011, portanto, há mais tempo do que o Metrô e os trens.

No mês passado, o secretário de Transportes Metropolitanos de Alckmin, Jurandir Fernandes, sugeriu que o governo estadual e a Prefeitura elevassem os preços na mesma data. Questionado se o bilhete do Metrô e da CPTM poderá subir no primeiro dia do ônibus, Alckmin não confirmou. "As empresas têm responsabilidades, salários, investimentos, manutenção. Precisamos avaliar."

Tanto Alckmin quanto o prefeito Fernando Haddad (PT) indicaram que os reajustes das tarifas não serão maiores do que a inflação. Nenhum deles sinalizou para qual preço os bilhetes saltarão.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.