
20 Março 2010 | 00h00
Sobre o que aprendeu na escola, Leila Diniz escreveu certa vez em seu diário: "Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar, o mar é das gaivotas que nele sabem voar; brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar (...) porque não sabem que o mar é de quem o sabe amar." Sei que não é hora pra fazer poesia, mas, se o assunto é inevitável, melhor evitar a discussão rasa que se trava em Brasília sobre os direitos do mar. No tempo da bala de canhão já não se aprofundava muito a questão dos princípios de justiça, mas as regras do jogo eram mais claras. Na atual guerra de palanques, vale-tudo. Como diria Eduardo Suplicy, aproveitando a deixa para trocar Bob Dylan por Tom Jobim, "pra que tanto mar, pra quê?" (Inútil Paisagem).
Risco calculado
Em depoimento no Museu da Imagem e do Som, Chico Anysio disse que, aos 78 anos, nunca usou Viagra "por medo". Já pensou se dá certo?
Boa notícia
Cientistas da Universidade de Harvard estão desenvolvendo a pílula do esquecimento para nos fazer apagar coisas ruins da cabeça. Parece que meio comprimido após a leitura dos jornais já é suficiente.
Não passarão!
Aécio Neves posicionou-se radicalmente contra a emenda Ibsen Pinheiro depois que Sérgio Cabral lhe garantiu que, sem os royalties do petróleo, o Leblon vai acabar!
Sabendo usar...
O Brasil aprovou nesta semana numa conferência em Doha a proposta de restrição no livre comércio do pau-rosa. O próximo passo será garantir uma cota maior para o pau-mulato no negócio.
Faro fino
Hugo Chávez leu com desconfiança a notícia de um professor que atirou o apagador num aluno da Escola Cuba, no Rio de Janeiro. Reconhece de longe os métodos da CIA.
Rasgando dinheiro
Quem foi o sueco maluco que bancou a viagem do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, à fábrica do caça Gripen, achando que ainda tem chances na concorrência da FAB?
Urucubaca danada
José Serra não dá sorte! Quando não é uma coisa, é outra: choveu professor ontem em São Paulo.
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