08 de dezembro de 2011 | 03h01
Não A internação involuntária precisa ser uma medida excepcional, a ser tomada quando envolve risco de vida do usuário de crack. O desejo de se livrar da dependência química é importante para o sucesso do tratamento. Outro ponto fundamental na discussão é que a dependência do crack não deve ser só vista como um problema de saúde. Existe uma ampla dimensão humanitária do problema que deve ser levada em consideração. Para conseguir mudar o destino do dependente, é preciso reconstruir os laços sociais que foram rompidos quando ele passou a usar a droga: na família, na escola, na comunidade, fazer com que ele se sinta bem ao voltar de onde veio. No Projeto Quixote da República, essa abordagem humanitária tem dado bons resultados. Fizemos nos últimos 12 meses 3.555 abordagens e 209 atendimentos: 58 foram "rematriados" (voltaram para suas casas) e 151 estão em processo de "rematriamento".
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