
21 Março 2012 | 03h01
Laudisio perdeu o pai aos 6 anos e a mãe aos 10. Era descrito como alegre, adorado pela família, amigos e namorada, um "molecão de 21 anos", nas palavras do parente. "Era companheiro de todo mundo. Ninguém dizia (que ele era órfão). Se você andar por aí e perguntar, todo mundo conhecia ele."
O jovem morava sozinho em Higienópolis, na região central de São Paulo, e tinha praticamente toda a família na vizinhança. A avó o visitava quase diariamente. Os tios eram como pais - levavam Laudisio para viagens à Europa e aos Estados Unidos. Tinha como irmão um primo da mesma idade. Dividiu apartamento com as duas irmãs, Maria Fernanda e Ana Luisa, antes de elas casarem - Ana com um australiano, no país do marido, onde mora há cerca de dois anos e para a casa de quem Roberto foi em agosto do ano passado para um curso de inglês.
Havia cursado dois anos de Administração de Empresas na Faap e na PUC, faculdades particulares de São Paulo, mas trancou matrícula para viajar. "Hoje em dia todo mundo precisa de inglês para começar a vida. Era o que ele estava fazendo. Estudou, ficaria mais um pouco por lá e iria voltar", disse o parente.
Enterro. O corpo de Roberto Laudisio deve vir para o Brasil nos próximos dias. "Queremos o corpo aqui. A avó dele, de 83 anos, faz questão de o enterro ser aqui, no túmulo da família."
Encontrou algum erro? Entre em contato