04 de fevereiro de 2013 | 02h05
Até então, quem figurava como autor de suas músicas eram dois primos, mestre Fuleiro e Hélio. "Minha família me proibia (de assinar sambas).
Antigamente, a mulher sofria muito preconceito", relembra dona Ivone, que começou a compor aos 12 anos e integra a ala dos compositores do Império Serrano desde 1947.
Para sobreviver, ainda nesse ano, dona Ivone Lara tornou-se enfermeira e se especializou em terapia ocupacional. Chegou a trabalhar com Nise da Silveira no Serviço Nacional de Doenças Mentais. Reconhecida principalmente a partir da década de 1960, ela se tornou madrinha da ala dos compositores da Império Serrano em 1968 e gravou seu primeiro disco dois anos depois, chamado Sambão 70. Só em 1977 se aposentou do hospital para se dedicar integralmente à carreira artística. Compositora de 91 anos, compôs clássicos como "Sonho Meu" e "Alguém me Avisou".
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.