
14 de março de 2012 | 03h08
São militares que faltaram ao serviço em 10 de fevereiro, primeiro dia de paralisação, e hoje cumprem medida disciplinar de prisão, cuja pena varia de 20 a 30 dias. Eles permanecem em suas atividades, mas não podem sair do quartel. "A punição disciplinar faz parte da 'rotina' de uma corporação militar, e a gravidade é muito diferente da de quem é submetido a um conselho", explicou o coronel.
A conduta de outros três bombeiros - um sargento, um capitão e um major, que também correm o risco de ser expulsos - ainda está sendo analisada pelos Conselhos de Disciplina e de Justificação, os tribunais nos quais são julgados os praças e os oficiais, respectivamente. Segundo Simões, a exclusão efetiva dos 13 bombeiros já julgados pode ocorrer em até 30 dias.
Líderes. Entre os bombeiros expulsos estão o líder da greve, o cabo Benevenuto Daciolo, e o sargento André Matos, que participou do movimento grevista em junho do ano passado.
Matos chegou a ser preso na ocasião, após a invasão do Quartel Central, mas recebeu anistia criminal e administrativa, assim como os outros 438 bombeiros que participaram da ocupação. "Como é que ele tem uma ficha condecorada, dizendo que ele é um bom bombeiro, disciplinado, e agora ele está sendo expulso?", questionou Tatiane Siqueira da Silva, mulher do sargento.
Tatiane diz que eles devem entrar com um pedido na Justiça para anulação da expulsão. Administrativamente, os 13 bombeiros têm prazo de 5 dias para recorrer da medida.
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