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6 concentram metade das faltas no ano

Por Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli
Atualização:

Seis vereadores concentram metade das 105 ausências. O campeão é o vice-presidente Antonio Goulart (PMDB), que se licenciou em 11 sessões e faltou a outras quatro. Há 14 anos na Câmara, Goulart foi o segundo vereador mais votado nas últimas eleições. "Tive problemas de saúde. Também tirei licença de uma semana para participar de um congresso de vereadores em São Vicente", justificou. Seus adversários políticos, porém, o acusam de viajar com a delegação do Corinthians em jogos fora da capital - ele é conselheiro do clube. Outro motivo seria a perseguição que vem sofrendo desde que apoiou José Police Neto (sem partido) na eleição para presidente, em janeiro. Dias antes da eleição, ele ainda pertencia ao grupo adversário. Por causa da troca de apoio, o vereador é chamado por ex-colegas pelo seu primeiro sobrenome, "Reis", em referência a Joaquim Silverio dos Reis (1756-1819), personagem histórico e símbolo da traição da Inconfidência Mineira. Mas ele nega ter tirado as licenças para tentar amenizar os ânimos na Casa ou viajar com o Corinthians. "Não tem nada disso. Sempre enfrentei o plenário numa boa."O segundo lugar é um dos seus principais desafetos, Milton Leite (DEM). Com dez ausências, Leite defende a mudança no regimento feita em 2009, quando era da Mesa Diretora. Ele foi o quarto vereador mais votado em 2008. "A licença para tratar de interesse particular não dá despesa para o erário, pois há desconto na folha salarial. Ela dá a possibilidade de participar de eventos partidários sem prejuízo ao cofres públicos", explica. O próximo da lista é Juscelino Gadelha (sem partido), com nove ausências. Ele diz que tirou quase um mês de folga para passear pela Flórida, em fevereiro. "Fiquei 20 dias fora, levei as crianças para passear em Orlando, mas meus dias foram descontados. Estava muito cansado, estou aqui há seis anos já." Completam o ranking os vereadores Marta Costa (DEM), com 6 ausências, Toninho Paiva (PR), também com 6, e Sandra Tadeu (DEM), com 5.

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