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560 mil postes = 300 lâmpadas queimadas por dia

Duas empresas são encarregadas de manter acesas as luzes da cidade

Por Edison Veiga
Atualização:

Trocar uma lâmpada queimada de um dos cerca de 560 mil postes da São Paulo não leva mais que dez minutos. Em toda a cidade, queimam e precisam ser substituídas diariamente 300 lâmpadas. Como também há problemas nos transformadores, chaves, células fotoelétricas e fiação, as empresas fazem um total de mil atendimentos por dia. Veja também: O endereço dos alimentos Comida para quem tem fome O caminho da água, dos mananciais às torneiras A metrópole desvendada Antes da missa da Sé, o corre-corre do sacristão O senhor da hora certa Depois da última estação De carne de bode a celulares - muitos celulares Uma balsa. Dentro de São Paulo Uma cozinha para atender à bicharada O trabalho, sempre realizado à noite, desde 1999 é terceirizado. No início, seis firmas foram contratadas pela Prefeitura para a empreitada. De 2002 para cá, são apenas duas - uma encarregada das zonas sul, oeste e central; outra das zonas norte e leste. E foi essa última que a reportagem do Estado acompanhou na chuvosa noite da quarta-feira dia 14. Os cerca de cem funcionários da empresa F. M. Rodrigues envolvidos na operação chegam à sede, na Vila Guilherme, às 19 horas. São divididos em duplas - um eletricista e um motorista, que também pode ser eletricista e ajudar no serviço - e partem para determinada região, a bordo de uma camioneta F-350, equipada com escadas, 90 lâmpadas, soquetes, quatro rolos de fios, cones de sinalização e ferramentas em geral. Existe um call center (0800-722- 0156) para centralizar as reclamações de moradores que avisam quando a lâmpada de determinado poste está queimada. Os pedidos, transformados em protocolos de atendimento, são enviados para a empresa responsável pela região três vezes por dia (às 7, 12 e 17 horas). Um funcionário organiza e entrega para as equipes a tarefa da noite. Cada dupla se encarrega de cerca de 20 - mas eles têm a liberdade de trocar quantas mais aparecerem queimadas pelo caminho, seja entre um atendimento e outro, seja em rondas que acabam fazendo após o cumprimento das solicitadas. "Na verdade, devem fazer isso", diz o supervisor Moisés Mazali. "Se a lâmpada está apagada, a gente para e vai ver o que é, né?", resume o motorista-eletricista Ricardo Prada.

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