14 de abril de 2014 | 03h00
Se o tratamento nos hospitais já é inadequado, nas prisões, ele é inexistente. O pintor A., de 37 anos, passou dois anos e três meses em Centros de Detenção Provisória (CDPs), antes de ser encaminhado ao Hospital 1 de Franco da Rocha. Preso por roubo, ele foi considerado inimputável porque assaltava sob o efeito de drogas e para alimentar a dependência química. "No CDP, ficavam 46 presos em uma cela que cabiam oito. A droga rolava solta, como podia me tratar?"
Sorci afirma que, para minimizar o problema, foi criada, há dois meses, uma ala para esses pacientes na Penitenciária 3 de Franco da Rocha. "Lá eles têm atendimento médico especializado. Todos os doentes mentais que estão em presídios estão sendo transferidos para lá", diz o juiz. Para os fiscais do Cremesp, essa não é a alternativa mais adequada. Sorci afirma que nomeou 12 peritos extras para que as avaliações dos pacientes sejam agilizadas. / F.C.
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