23 de fevereiro de 2011 | 00h00
Um dos bares bloqueados, o Camará, na Rua Luís Murat, era um dos mais tradicionais do bairro. Além de desrespeitar o limite de barulho, o local não tinha licença para funcionar, diz a Prefeitura. O Camará já havia sido lacrado e multado em cerca de R$ 28 mil.
Os outros quatro bares, todos na Rua Cardeal Arcoverde, também haviam sido autuados por pelo menos cinco vezes cada. Três foram emparedados por barulho e o outro, por ficar aberto após a 1h sem acústica adequada.
Enquanto funcionários da Prefeitura erguiam os tijolos, vizinhos comemoravam o fechamento. "Era a noite inteira de barulho, consumo e tráfico de drogas. Às 6 horas, a coisa não parava e ninguém dormia aqui", disse uma das vizinhas do bar, que preferiu não ser identificada. "Minha filha saía de manhã para trabalhar e ficava com medo", disse Meire de Menezes, de 54 anos, síndica de um prédio na frente dos bares.
De acordo com Alfonso Orlandi Neto, da Secretaria das Subprefeituras, o foco tem sido os reincidentes. "A questão do silêncio urbano é de conscientização." Em 2010, a Prefeitura lacrou 186 bares e emparedou 38. O número de multas ficou em 155.
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