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3 PMs acusados de executar suspeito de roubo de moto vão a júri popular

Câmeras gravaram momento em que policiais capturaram Paulo Henrique Porto de Oliveira, algemaram-no para, em seguida, soltá-lo e assassiná-lo a tiros

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Por Redação
Atualização:
MP acredita que suspeito levou tiro, mesmo rendido; PM teria forjado cena Foto: REPRODUÇÃO

SÃO PAULO - Três policiais militares vão a júri popular nesta segunda-feira, 13, acusados de executar Paulo Henrique Porto de Oliveira, de 18 anos, em setembro de 2015. Ele era suspeito de ter roubado uma moto e foi morto durante a captura. Imagens de câmeras de segurança registraram a ação

Oliveira e Fernando Henrique da Silva, de 23 anos, foram perseguidos por policiais por estarem uma moto roubada no Butantã, na zona oeste de São Paulo. Silva foi jogado do alto do telhado de uma casa quando foi abordado e Oliveira, morto a tiros. As duas ações foram registradas por câmeras.

Veja abaixo o momento em que Silva é jogado de telhado:

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Um dos vídeos mostra Oliveira , em uma rua do Butantã, render-se aos policiais, tirar a camiseta para mostrar que está desarmado e depois ser algemado. Chegam policiais de moto e em uma viatura em reforço aos colegas. O suspeito é encostado em um muro, enquanto os policiais vasculham a área ao redor.

Na sequência, os PMs retiram as algemas de Oliveira e levam o suspeito para um canto da rua. O acusado fica no meio de um grupo de policiais, quando, um deles dispara duas vezes na vítima.

Seis policiais serão levados a júri popular pelas mortes. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), terá início neste segunda-feira o julgamento dos policiais Tyson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis e Silvio André Conceição acusados da morte de Oliveira, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste. 

No dia 27 de março, terá início o julgamento de Flávio Lapiana de Lima, Fábio Gambale da Silva e Samuel Paes, acusados da morte de Silva. Os agentes estão presos à espera do julgamento. 

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De acordo com a sentença, eles são acusados de homicídio doloso qualificado, fraude processual, falsidade ideológica e porte ilegal de arma

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