27 mil pessoas apoiam bombeiros em passeata

Depois de protesto por melhores salários em Copacabana, que reuniu até idosos e crianças, Cabral propõe usar 30% de fundo para gratificar agentes

PUBLICIDADE

Por Alexandre Rodrigues e Sabrina Valle
Atualização:

Depois que 27 mil pessoas participaram ontem de passeata de apoio aos bombeiros em Copacabana, o governador do Rio, Sérgio Cabral, prometeu enviar hoje mensagem à Assembleia Legislativa para destinar 30% do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) ao pagamento de gratificações aos agentes. A medida é o primeiro avanço do governador em relação à proposta anterior de antecipar para julho reajuste de 5,58% a bombeiros, policiais e agentes penitenciários. E uma forma de tentar corrigir o mal-estar provocado pelo mau uso do fundo, formado pela receita da taxa de incêndio para compra de equipamentos.Autorizado pela Assembleia a remanejar 25% dos recursos do Funesbom, que arrecadou R$ 110 milhões em 2010, o governo vinha usando parte do fundo para custear viagens de oficiais e obras de infraestrutura.Como a proposta depende de aprovação dos deputados estaduais e da arrecadação do fundo, a assessoria do governador explicou que não é possível saber quanto o fundo poderá acrescentar à remuneração dos soldados. O Rio tem 16.202 bombeiros na ativa, 5.018 aposentados e 1.592 pensionistas.Bombeiros pedem ao governador Sérgio Cabral aumento do piso de R$ 950 para R$ 2 mil, além de anistia administrativa e criminal para os presos após a ocupação do quartel central da corporação, há uma semana.Corredor vermelho. Ontem, a passeata dos bombeiros transformou a orla de Copacabana em um corredor vermelho - a cor da corporação. O movimento teve apoio de militares, parentes e da população carioca, incluindo idosos e crianças, que usaram blusas e fitas. Para representar cada um dos bombeiros presos (eles foram libertados anteontem), foram soltos 439 balões. Também houve aplausos, apitos e buzinas. Moradores da Avenida Atlântica estenderam panos vermelhos nas janelas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.