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2 são presos por clonar cartões em aeroporto

Eles tentavam retirar aparelho de caixa eletrônico de Congonhas, a 50 metros de posto da polícia; investigação vai apurar onde mais dupla atuava

Por Isadora Peron
Atualização:

Dois homens foram presos ontem no Aeroporto de Congonhas, na zona sul, tentando retirar um "chupa-cabra", dispositivo usado para clonar cartão de crédito, de um caixa eletrônico a menos de 50 metros do posto da Polícia Civil. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, a polícia investiga se o grupo agia também em outros aeroportos do País. Após a prisão, Rosinaldo Oliveira Soares, de 35 anos, e Danilo Araujo Sena, de 19, foram levados ao CDP de Pinheiros, na zona oeste. Eles são acusados de tentativa de furto mediante fraude. A pena pode chegar a 5 anos de prisão. A polícia ainda procura outros dois homens que fariam parte da quadrilha.Imagens do circuito interno do aeroporto mostram Soares e uma pessoa não identificada colocando o dispositivo no caixa eletrônico na quarta-feira. A instalação não levou mais do que alguns minutos. A prisão ocorreu menos de 12 horas depois. Após perceber a irregularidade, três policiais passaram a noite de vigília esperando os suspeitos aparecerem para buscar o aparelho. Às 5h38, Soares e Sena chegaram. Com eles, foram apreendidas mais ferramentas. O kit para coletar dados de cartões tinha dois dispositivos. Um foi instalado no lugar do leitor do cartão. O outro - composto por uma câmera de celular e três baterias com capacidade para 12h de gravação - foi colocado acima do teclado onde as pessoas digitam a senha. Segundo o delegado, a perfeição com que as peças foram moldadas chamou a atenção. Imagens de 23 de junho mostram Soares e um comparsa instalando aparelho semelhante no mesmo caixa. O dispositivo foi descoberto por um vigia do aeroporto e entregue à polícia.Segundo a delegada Fernanda Herbella, que conduziu a investigação, Soares já foi preso por crime semelhante na Bahia em 2011. O local escolhido daquela vez foi a rodoviária de Salvador. Os dois suspeitos são de Novo Oriente (CE). Segundo a delegada, lá há outras quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. Entre os objetos pessoais de Soares, havia um bilhete de embarque para Fortaleza, do dia 3 de julho, o que reforça a tese de que o grupo não atuava somente em São Paulo.

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