
01 de novembro de 2014 | 16h38
SÃO PAULO - Cerca de 150 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se reuniram no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, na tarde deste sábado, 1.°, em um ato contra a crise da água enfrentada pelo Estado de São Paulo. Os organizadores estimam que 500 pessoas estavam no local. Organizado pelo movimento "Juntos!", o protesto "Alckmin, cadê a água?" tem como objetivo cobrar explicações e soluções para os problemas de falta d'água.
Por volta das 16h30, o grupo saiu do largo e marchou até a frente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na Rua Sumidouro, em Pinheiros, perto dali. Nesse momento, a reportagem estima que cerca de 300 pessoas participavam do ato. Eles entoavam marchinhas de Carnaval adaptadas ao tema da falta de água no Estado.
"Essa é a primeira manifestação unificada na cidade de São Paulo sobre a questão da falta d'água. Vamos inaugurar uma jornada de manifestações para questionar o governo do Estado sobre a real dimensão da crise da água, porque nós temos assistido a vários bairros que estão tendo sucessivos cortes sem que a Sabesp informe. Está acontecendo uma campanha de desinformação da Sabesp", afirma o sociólogo Thiago Aguiar, de 25 anos, um dos integrantes do movimento.
Grupos carregaram faixas com frases com questionamento para a Sabesp e críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Uma delas dizia: "Alckmin acabou com a água e com a nossa paciência". Dois grupos de maracatu tocaram para os participantes e entoaram gritos de guerra. Um deles fez uma paródia de uma tradicional marchinha de Carnaval e os integrantes cantavam: "Se você pensa que São Paulo tem água, São Paulo não tem água, não. A culpa não é de São Pedro, a culpa é do Geraldão".
Na frente da Sabesp, os manifestantes fizeram críticas à crise hídrica em forma de jogral e afirmaram que "se a água acabar, São Paulo vai parar". Eles também fizeram uma dança da chuva e cantaram. "Eu acho justo que façam esse protesto, porque não podemos culpar São Pedro, é falta de prevenção do governo. Moro em Pinheiros e já está faltando àgua à noite há dois meses", reclama a produtora de vídeo Helena Gonçalves, de 49 anos.
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