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Histórias e curiosidades do jeito de viver nos condomínios de SP

Quanto o paulistano paga de condomínio? E quanto vai pagar amanhã?

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Por Angélica Arbex
Atualização:
 Foto: Estadão

Será que você sabe o que paga quando está pagando seu condomínio? Muita gente me conta que morando em um prédio com só um pequeno salão, sem lazer nenhum paga um condomínio super alto em comparação com algum conhecido que, num condomínio clube, cheio de equipamentos e opções de lazer tem uma taxa de condomínio muito mais baixa.

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Ao contrário do que parece, não é  a área de lazer ou a localização de um prédio o principal fator para definir qual o valor do condomínio. A taxa paga pelos moradores é o valor pelo serviço recebido: segurança, limpeza, manutenção, consumos nas áreas comuns,  impostos... Toda esta despesa é somada e dividida pelo número de apartamentos  e é isso que define o valor do condomínio. Quanto menos apartamentos, maior o valor para cada um. Isso explica porque um condomínio clube com múltiplas torres e muitos moradores sempre vai ter uma taxa menor do que um prédio de 1 por andar com 15 ou 20 apartamentos.

Uma  apuração fresquinha, dados de outubro,  com base na carteira de quase 3.000 condomínios administrados pela Lello aponta que o valor médio de taxa de condomínio na cidade de São Paulo é de R$ 1.035,00 contra R$910,00 no mesmo período de 2017 e R$ 940,00 em 2018. O número médio de apartamentos por condomínios na cidade é de 58. Essa média sobe mais ou menos 10% a cada década. Nos anos 80, a média era de 40 apartamentos por condomínio. A construção os mega empreendimentos tipo clube e os econômicos (muito impulsionados pelo programa minha casa, minha vida) explicam a evolução.

 

Uma conta matemática simples mostra que a soma de todos os condomínios pagos na cidade de São Paulo atinge mensalmente a marca de R$ 1,5 bi. Esses recursos geram cerca de 175 mil empregos diretos e quase 30 mil empregos indiretos. Essas cifras da cidade mais verticalizada do país, mostram que o mercado de condomínios tem força e recursos para se reinventar e transformar pra muito melhor a vida vertical do paulistano.

Há uma crescente demanda por economia e redução da cota taxa condominial e não é menor a expectativa pelo aumento da segurança e qualidade de vida nos prédios. Essas coisas aparentemente contraditórias mostram o grande desafio que é encontrar novos modelos e soluções para esse mercado e para a cidade que fica mais vertical a cada ano. Não existe receita pronta, mas a demanda latente pela evolução mostra que como em todas as outras facetas da vida contemporânea inovação e tecnologia serão os recursos para a reinvenção do morar.

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Construtechs e condotechs estão trazendo muita novidade em controle de acesso, automação residencial, economia de recursos naturais e plataformas de comunicação.  Peneirar e relacionar essas coisas aproveitando tudo que faz sentido e pode ser adaptado nos 25 mil condomínios residenciais  já existentes na cidade vai responder a contradição de mais serviço, mais conforto, mais segurança por menos dinheiro. Você que nunca pensou nisso e que mora em condomínio e sente que dá pra ser melhor e mais feliz a vida lá pode participar dessa transformação. Ela está toda aqui acontecendo em cada reunião de condomínio, em cada portaria, quando você abre a torneira de casa ou aperta o botão do elevador.

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