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Histórias e curiosidades do jeito de viver nos condomínios de SP

Crianças

Por Angélica Arbex
Atualização:
 Foto: Estadão

Percebi que o dia 12 estava chegando pela quantidade de mensagens que recebi de festas das crianças nos condomínios. Acho muito bacana transformar a convivência em alegria. Todo mundo vive junto, todo mundo se dá bem.

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Mas as crianças nos condomínios têm exercido um papel diferente nos últimos tempos, para o qual eu ando de olho. Não é raro existir nos condomínios o papel de síndico mirim e, aliás de uma equipe completa, formada por mini gestores dos espaços comuns. Criança na era do touch sabe o que quer.

Já participei de reuniões com alguns deles e vejo como é interessante e rico esse mini universo. Tantas ideias que dá orgulho de pensar que eles vão crescer e aparecer... Vender sucos e lanches para arrecadar dinheiro para comprar presentes para os filhos dos funcionários; levar assuntos de primeira importância como a reforma da quadra para que os pais discutam na próxima reunião; promover campanhas de economia de água, energia, separação de lixo.

Tenho 2 filhos pequenos e vejo neles e nos pequenos que convivo que estamos sim conseguindo criar pessoas que pensam no futuro e que têm a crença verdadeira que modificar tudo que não vai bem é possível, e que participar dessa mudança é vital. Essa era do acesso, transformou não só a forma como a gente vive, transformou o jeito como as crianças pensam e, claro, o jeito como elas crescem. Elas são ainda mais capazes de se organizar, deliberar, decidir, realizar e se comunicar.

Agora que o dia delas chegou, quero homenagear os pequenos realizadores da vida vertical. Pequenos que descobriram que juntos arrecadam dinheiro, reformam a quadra, montam times, mudam a consciência de consumo, brincam, brincam, brincam. Claro que eles também apertam todos os andares do elevador, seguram a porta para o amigo ir lá dentro pegar a bola do futebol, vão a todas as festas de criança no condomínio tenham ou não sido convidados e vez por outra quebram um vaso lindo do hall social do bloco A.

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Essa geração que já nasceu na vida vertical, aprendeu muito cedo os conceitos de compartilhar, conviver, respeitar o diferente, assumir responsabilidade. E nós temos que prestar mais atenção neles, nas suas opiniões e na facilidade que eles têm de conviver e construir um monte de coisa legal juntos independente de cargos, papéis predefinidos, planilhas complexas de orçamento. Eles são realizadores e acreditam nisso. Assim fazem toda a diferença.

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