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Histórias e curiosidades do jeito de viver nos condomínios de SP

A Segurança Invisível

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Por Angélica Arbex
Atualização:
 Foto: Estadão

Usar a comoção nacional em torno de uma tragédia para falar de segurança é um vício antigo da gente. Foi o prédio do centro de SP desmoronar e choveram matérias de todos os tipos a respeito de ocupações desordenadas por sem teto,  itens de segurança e combate a incêndios em condomínios,  dimensionamento de rede elétrica dos prédios construídos há mais de 20, 30 anos etc. E uma vontade louca de apontar culpados, responsáveis por aquelas cenas tristes que não têm nenhum motivo para continuar acontecendo.

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Eu escolhi esperar a poeira baixar para voltar a um assunto fundamental para a segurança de quem vive vertical: a obtenção e renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - o  AVCB. Muita gente acha que o AVCB só é obrigatório em condomínios comerciais com grande fluxo de pessoas. Muitos síndicos não se atentam ou não pautam a obtenção e renovação do AVCB em seus condomínios residenciais.

Os condomínios residenciais e comerciais de São Paulo que ainda não possuem o AVCB precisam adotar com urgência medidas para atualizar seus sistemas de combate a incêndios, garantindo, assim, segurança aos condôminos, funcionários e visitantes. Os prédios mais antigos podem conseguir renovar o AVCB, mediante assessoria especializada que aponte a necessidade conforme a idade e estrutura do prédio. Neste caso o processo é ainda mais importante pois o real dimensionamento da estrutura do condomínio atualizada ao estilo atual dos condôminos é um item fundamental para a garantia da segurança.

Em todos os empreendimentos, com qualquer  tempo de construção, a ausência do AVCB pode levar a diversas consequências como risco à segurança e à vida dos moradores em caso de incêndio, além da responsabilização civil e criminal do síndico. Sem esquecer que irregularidade no AVCB traz  o risco de não receber o prêmio do seguro de incêndio contratado pelo prédio, o atestado é item também obrigatório no caso de sinistros.

No fim, acaba valendo a máxima de tudo que regula a convivência nos condomínios: o respeito às regras e à Lei. Tanto para escolher, por exemplo, o modelo de ar condicionado permitido no seu prédio, como para prestar atenção no quadro de avisos com a data da última renovação do AVCB, prática que nenhum de nós tem o hábito, certo? Claro que a obrigação direta é do síndico, mas todo mundo pode e deve contribuir e não deixar o assunto ser esquecido. A gente não precisa esperar uma tragédia como a do Largo do Paissandu e outras tantas para nos lembrar que o melhor que temos a fazer é  olhar pro nosso próprio quintal.

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