Comitê Popular da Copa faz escracho em frente à casa de presidente da CBF

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Por Bruno Paes Manso
Atualização:
 Foto: Estadão

O Comitê Popular da Copa organiza agora um escracho em frente ao prédio do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, na região dos Jardins. Depois do esculacho, será feito um enterro simbólico dos dez trabalhadores mortos durante a construção dos estádios para o evento - três deles morreram nas obras do Itaquerão. A lista dos mortos se encontra acima. Ontem a noite, os integrantes dos coletivos que participam do ato espalharam lambe-lambes pelos postes e lixeiras do bairro. Faz parte do grupo o coletivo que realiza escrachos nas casas de autoridades que estiveram envolvidas com os porões da Ditadura Militar.

Marin, que foi deputado pela Arena e governador biônico de São Paulo no Regime Militar, já havia sido escrachado em 2012.

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Na semana que vem, terá início uma série de eventos para protestar contra a exclusão de parte da população brasileira do evento. Integra o Comitê Popular integrantes de coletivos moradores de ocupações da região central e vendedores ambulantes, além de estudantes.

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O Comitê Popular exige pensão vitalícia como indenização para as famílias dos trabalhadores mortos e para os que ficaram incapacitados por causa de acidentes na construção dos estádios. De acordo com os números apresentados pela Fifa, a Copa no Brasil será a mais lucrativa da história das copas. O retorno previsto para a entidade é de U$ 4 bilhões. Vendedores ambulantes não poderão trabalhar durante o evento, sob ameaça de prisão. Está é uma das causas dos protestos dos integrantes do Comitê.

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Na véspera da Copa, o clima de celebração começa a contagiar a cidade. Se depender dos coletivos, quem gosta de futebol pode até se divertir. Só que pelo jeito será difícil escapar da realidade e cair no ufanismo que sempre marcou os períodos de Copa do Mundo. Para ficar no clima e encerrar esta nota, todos cantando juntos Perfeição, do Legião Urbana

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