Sob o pretexto de "simplificar a vida", a Prefeitura de São Paulo altera, antes mesmo da metade do ano letivo, o layout dos cartões Estudante da SPTrans. O cartão foi entregue de forma automática e rápida para as instituições educacionais da capital - e os que tem um cartão Estudante receberam este "informativo", avisando da novidade. A justificativa utilizada me parece, na verdade, mais falsa que uma nota de R$ 3 - como você simplifica a vida de alguém com um cartão que, na prática, é a mesma coisa do anterior, adicionando-se apenas o transtorno de ir buscar o mesmo? /Luiz Eduardo Peixoto - São Paulo/SP
Resposta da SPTrans: Em atenção à mensagem do leitor Luiz Eduardo Peixoto, a SPTrans esclarece que o convênio com as entidades UNE e Umes existe desde 1994 e, desde janeiro de 2015, todos os estudantes que solicitam o Bilhete Único Escolar receberão o cartão conveniado, que também pode ser utilizado como carteira de identificação estudantil, que concede desconto em cinemas, teatros, espetáculos e shows, por exemplo, além das cotas de ônibus, metrô e trens.
A taxa de validação foi unificada em sete tarifas (R$ 24,50). Anteriormente quem optava por esta versão do cartão pagava 13 tarifas (R$ 45,50), enquanto quem utilizava o bilhete apenas no transporte público pagava cinco, ou R$ 17,50.
Todos os alunos estão sendo avisados da substituição por e-mail, constante em seus cadastros, quando os cartões são enviados às instituições de ensino. Vale destacar que o estudante que receber este bilhete não passará a ter qualquer ligação ou cadastro junto à entidade, apenas possuirá um cartão com a identificação estudantil fornecida por elas.
Comentário do leitor: A questão é que o outro Bilhete Único Estudante, ou mesmo a carteirinha da instituição de ensino, já permitiam o benefício de meia-entrada, não havendo a menor necessidade de um cartão da UNE. Meu questionamento é sobre a necessidade da troca, o custo de um novo cartão magnético para o orçamento da SPTrans e também da falta de legitimidade da UNE como representação estudantil. Me parece muito mais uma brecha para aumentar as receitas e repasses a estas entidades estudantis, que hoje são mais satélites de partidos políticos que representantes legítimas de estudantes.