Por Luciana Magalhães
Reclamação da leitora: Em 28/4, como estava com uma gripe muito forte e sem voz fui ao Pronto Socorro do Hospital do Mandaqui. No balcão de atendimento, a recepcionista informou que eu não poderia fazer a ficha, pois não haviam médicos e que, se o caso fosse grave, eu deveria ir à emergência. Procurei a emergência, expliquei com dificuldade a minha situação e o médico, com pouco caso, respondeu que rouquidão não mata ninguém. Passou uma autorização para eu fazer a ficha e, quando retornei ao local de atendimento, aguardei mais de 3 horas pela chegada de algum médico. Ninguém apareceu e não havia nenhuma previsão de atendimento. Como um grande complexo hospitalar não está pronto para atender os doentes? Espero uma resposta, mas que não seja padrão. Maria da Graça Nogueira / São Paulo
Resposta: O Conjunto Hospitalar do Mandaqui esclarece que, casos considerados de baixa complexidade, aqueles em que o paciente não corre risco iminente de morte, estão sob responsabilidade das unidades básicas de saúde. Porém, na prática, 80% dos atendimentos realizados nos hospitais estaduais, como o Mandaqui, são direcionados para atender essa demanda reprimida do município. Com isso, os hospitais estaduais, que são voltados a casos de média e alta complexidades, ficam sobrecarregados. O hospital ressalta que nenhum paciente fica sem atendimento. Porém, casos em que há risco de morte são priorizados. A direção do Mandaqui lamenta o ocorrido e informa que qualquer queixa relacionada à qualidade do atendimento oferecido no hospital pode ser registrada na ouvidoria da unidade.
Réplica da leitora: É fácil resolver assim, não é!? Parece que a culpa é minha de ter ficado doente, ter sido destratada e ainda procurar uma Ouvidoria, que está sempre de portas fechadas para quem está doente. Um vexame!