Uma ciclovia na zona sul da capital paulista ganhou um faixa azul ao seu lado após reclamações de moradores e pessoas que trabalham na região. Ao lado da faixa vermelha, que identifica o tráfego de bicicletas, uma nova cor foi pintada para destacar a área de embarque e desembarque.
As faixas estão localizada na rua Madre Cabrini, na Vila Mariana. A ciclovia foi implantada há menos de duas semanas e foi alvo de intensas reclamações por parte da população. Na rua funcionam três colégios e uma faculdade e o tráfego de veículos para embarque e desembarque de passageiros é frequente.
Após as reclamações, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou uma faixa azul que acompanha parte da ciclovia e fica em frente a uma das escolas. "Pensávamos que podíamos parar o carro em cima dela, mas os guardas nos disseram que não pode. Tem que parar do lado e só sobra uma faixa para os outros carros passarem", disse a pedagoga Miriam Rosenberg, de 63 anos, que trabalha na região.
Em nota, a CET explicou que manteve reunião com a direção do Colégio Madre Cabrini, que fica próximo à faixa azul, explicando as mudanças de trânsito no local em razão da instalação da ciclovia. "Os funcionários da escola receberam treinamento dos Educadores de Trânsito da CET para o trabalho de entrada e saída da escola em conjunto com os agentes da CET", informou o órgão.
Segundo a CET, a faixa azul é resultado de uma adequação. "A sinalização foi adequada para a operação de embarque e desembarque com a implantação de área de segurança para os alunos, o que permitiu a passagem da ciclovia junto ao passeio", acrescentou. O órgão esclareceu que a cor azul está prevista no anexo de sinalização do Código de Trânsito e serve para áreas de parada para embarque e desembarque.
Ao lado da nova cor, o tradicional vermelho da ciclovia foi intercalado com faixas brancas para travessia de pedestres. "A sinalização vertical distribuída ao longo do trecho possui placas de advertência e regulamentação tanto para pedestres quanto aos ciclistas sobre a existência dessa área compartilhada", informou a CET.
A ciclovia na Madre Cabrini tem 700 metros e complementa a faixa do Jabaquara que se interliga com as ciclovias Vergueiro/Liberdade e do Centro. Isso, segundo a CET, proporciona a "conexão cicloviária entre as regiões de São Judas, Vila Mariana, Paraíso, Liberdade, Centro, Santa Cecília, Barra Funda e Perdizes."
Para a pedagoga Miriam Rosenberg, a solução dada não foi a melhor. Ela pede que, tal como ocorreu no bairro de Higienópolis, também se apague a ciclovia dada a inconveniência enxergada por ela. "É o absurdo dos absurdos. A rua ficou uma loucura e acho que tem que retirar", disse.