Alex Gomes
07 de maio de 2018 | 12h20
Pedivela, catraca, garfo e mesa. Alguns termos totalmente estranhos para quem ainda não é íntimo do universo da bicicleta.
Se esse é o seu caso, aqui vai um pequeno glossário que explica de forma bem simples quais são e para que servem algumas peças que compõem uma bicicleta. O texto foi retirado do livro “Guia do Ciclista Urbano”, que escrevi para o ciclista iniciante e pode ser adquirido aqui.
Garfo: Peça que segura a roda dianteira. Basicamente, existem os modelos sem amortecimento (chamados de rígidos) e os com amortecimento, que utilizam um sistema de suspensão que absorve os impactos do pneu com o solo.
Freios: Fazem as rodas reduzirem a velocidade ou pararem. Na ilustração vemos o modelo ‘v-brake’, o mais comum do mercado, composto por duas alavancas colocadas na parte superior da roda que, ao serem acionadas, pressionam a pastilha de freio contra o aro.
Pneu, roda, aro e cubo: As características principais do pneu são o diâmetro, a largura e a banda de rodagem. Tanto o diâmetro como a largura são medidos em polegadas (nas mountain bikes) e em milímetros (nas bikes de estrada e urbanas). A banda de rodagem é a parte que toca o solo e pode ser lisa ou com cravos. Dentro do pneu fica a câmara de ar, calibrada por meio da válvula. Os dois tipos de válvula mais comuns no Brasil são a Schrader (pequena e cilíndrica, idêntica a de carros) e a Presta (de formato fino, retém o ar com mais eficiência que o modelo Schrader). Já existem no mercado pneus que não utilizam câmara, chamados tubeless, que requerem um aro especial. O aro é a peça circular na qual se encaixa o pneu (na foto ele é amarelo). Os raios são os filamentos que ligam o aro ao cubo e ajudam na distribuição do peso. O cubo fica no centro da roda e dá sustentação ao conjunto.
Quadro: Uma das principais peças da bicicleta. É composto por um conjunto de tubos soldados, sendo: a – tubo do selim, que acomoda o canote e, consequentemente, o selim; b – tubo da caixa de direção, no qual se encaixa o garfo; c – tubo superior e tubo inferior, que ligam o tubo da caixa de direção ao tubo do selim; d – stays – tubos finos localizados na parte traseira do quadro. Ligam o tubo do selim à roda traseira.
Canote e selim: O canote é o tubo que suporta o selim. Quanto mais comprido for, mais alto o selim poderá ficar. O selim é o banco da bicicleta. Apresenta modelos em diferentes larguras e materiais.
Câmbios: Peças que fazem a corrente ‘pular’ entre as coroas e os pinhões, ou seja, trocar de marchas.
Coroa: Engrenagem instalada junto ao pedivela. Pode estar sozinha ou com outras coroas de tamanhos diferentes. Com as engrenagens traseiras do cassete ou da catraca, fazem a corrente girar.
Catraca e cassete: São o conjunto dos pinhões, as engrenagens traseiras que atuam em conjunto com as coroas para movimentar a corrente. A catraca está integrada a uma peça chamada roda livre (que permite parar de pedalar sem que as rodas parem de girar, o famoso ‘andar na banguela’). O cassete não possui a roda livre, que fica no cubo. Na prática, o funcionamento da catraca e do cassete é o mesmo.
Movimento central: É uma pequena barra de metal com rolamentos, encaixada na parte inferior do quadro, que sustenta os pedivelas e permite que eles girem.
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