Vereadores de SP querem aumentar o próprio salário em 26%

Projeto de resolução da Mesa Diretora da Câmara Municipal que deve ser votado nesta sexta-feira propõe aumentar vencimentos de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil a partir de 2017

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Por Fabio Leite
Atualização:
Fachada da Câmara dos Vereadores de São Paulo. Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

Fachada da Câmara dos Vereadores de São Paulo. Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

 

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Mesmo com a crise econômica que assola todo o País, os vereadores de São Paulo apresentaram um projeto de resolução na Câmara Municipal para aumentar seus próprios salários em 26,3% a partir do ano que vem. A proposta, da Mesa Diretora da Casa, foi publicada nesta sexta-feira, 16, no Diário Oficial e deve votada ainda hoje, quando os eles devem aprovar o Orçamento de 2017 e encerrar o ano legislativo.

O texto prevê que o subsídio mensal dos 55 vereadores paulistanos suba dos atuais R$ 15.031,76 para R$ 18.991,68 a partir de 2017, valor que corresponde a 75% dos salários dos deputados estaduais, índice máximo de salário permitido pela Constituição Federal. A lei proíbe que os vereadores aumentem seus próprios salários numa mesma legislatura. O último reajuste dos parlamentares ocorreu há quatro anos.

O novo projeto, contudo, define que os salários poderão ser revistos anualmente, como uma correção inflacionária, desde que não ultrapasse o teto de 75% dos vencimentos dos deputados estaduais (R$ 25.322,25), conforme estabelece a Constituição Federal para cidades com mais de 500 mil habitantes.

O novo texto, se aprovado, vai permitir que os vereadores aumentem seus salários na mesma legislatura caso os vencimentos dos deputados estaduais sejam reajustados no período.

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"A fixação pelo valor máximo permitido justifica-se diante do gigantismo de São Paulo, a maior cidade do Brasil, cujos problemas sociais, econômicos, políticos e culturais exigem dos vereadores envolvimento e dedicação proporcionais à responsabilidade do mandato que exercem", justifica o texto feito pela Mesa Diretora.

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