A Uber confirmou que vai se enquadrar na nova legislação de transporte particular de passageiros publicada pela gestão Fernando Haddad (PT) nesta quarta-feira, 11, por meio de decreto e que vai compartilhar suas informações com a Prefeitura de São Paulo. O anúncio da regulamentação dos aplicativos pelo prefeito gerou uma série de protestos de taxistas pela cidade.
Segundo o diretor da empresa no Brasil, Guilherme Telles, a Uber ainda aguarda as portarias que precisam ser publicadas pela Secretaria Municipal de Transportes para avaliar de que forma a cobrança da outorga por quilômetro rodado vai impactar no preço da viagem pelo aplicativo, que hoje chega a menos da metade da viagem de táxi na categoria compartilhada.
"Nossa expectativa é que essa medida coloque um precedente para outras cidades do Brasil", disse Telles, em entrevista na sede da empresa, na tarde desta quarta-feira. "O que a gente enxerga de positivo é que isso é um primeiro passo. É uma coisa nova, moderna e diferente. O decreto coloca como potencial de carros a serem utilizados sendo todos os carros disponíveis", disse.
Segundo ele, a medida vem ao encontro do que a empresa pensava a respeito da regulamento do serviço. "No fundo, o que a gente está pensando é isso. Se a gente tiver um uso mais inteligente dos carros, você vai ter menos carros nas ruas e melhorar a mobilidade", afirmou Telles.
A Uber está acompanhando os protestos de taxistas contrários à legislação. Telles informou que a empresa "sempre" opera no nível máximo de segurança, em contato constante com os motoristas para auxiliar na eventualidade de uma agressão e intermediando o contato com a polícia.
As informações que a Prefeitura exige das empresas de transporte são das viagens: origem e destino, tempo de trajeto, tempo de espera, entre outros. A prefeitura garante que as informações pessoas dos usuários fazem parte da relação comercial entre passageiros e empresas e que esse sigilo está mantido.